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Tramas da biodiversidade no Brasil: estudos situacionais de práticas coletivas
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Elefante
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A contemporaneidade tem produzido arranjos variados de biodiversidade que passam, cada vez mais, pelo emaranhamento entre sujeitos, coletividades, espécies nativas e tecnologias, configurando e deslocando territorialidades. Ora essas territorialidades se expandem, pelo avanço da área de cultivo e ascensão no mercado de algumas espécies nativas, como o Açaí, no norte do país, ora elas se retraem, pela reivindicação da autenticidade de uma espécie coletivamente identificada com uma biografia social ou regional, como o Capim Dourado, no estado do Tocantins. O próprio Açaí sofre esse retraimento, frente à palmeira Juçara, por exemplo, quando sujeitos e coletividades da região sudeste a denominam de Açaí da Mata Atlântica. Esses movimentos de extensão e retração de territorialidades biodiversificadas ora enraízam os sujeitos, ora os desenraizam, implicando modos de aprendizagem das mudanças provocadas por esses deslocamentos. Colocados frente à biodiversidade (talvez e melhor) ou se percebendo em composição com a mesma, o caráter de sujeito e de coletividade envolve uma regular reflexividade acerca de suas interações com o ambiente, em perspectiva situacional. Esse quadro de referências contemporâneas orienta a proposição geral desta coletânea.
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