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Amor nenhum dispensa uma gota de ácido
Carlos Drummond de Andrade
TRÊS ESTRELAS
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Em 1925, um estudante de farmácia e jovem poeta que assinava Carlos Drummond publicou n’A Revista, de Belo Horizonte, um artigo intitulado “Sobre a tradição em literatura”. Aos 22 anos, cheio de ímpeto juvenil, considerava Machado de Assis um “entrave à obra de renovação da cultura geral” a ser repudiado. Três décadas mais tarde, em 1958, Drummond publicou o poema “A um bruxo, com amor”, uma das mais belas homenagens de escritor para escritor na literatura brasileira. Um único verso dá a medida do elogio: “Outros leram da vida um capítulo, tu leste o livro inteiro”. Ao longo das três décadas que separam posições tão antagônicas, sob distintos pretextos e ângulos, Machado foi tema de inúmeros textos do poeta itabirano. Pela primeira vez reunidos num único volume e acompanhados de imagens, esses saborosos escritos retraçam o percurso da compreensão profunda do escritor mais velho pelo mais novo e permitem um novo olhar sobre o legado machadiano e sua relação com o modernismo brasileiro.
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